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9 de fevereiro de 2010

A visão do carnaval pelo espiritismo

O espírita, em primeiro lugar, deve compreender o carnaval” image

Para se entender o carnaval e outras festas populares, é necessário lembrar que aqui na Terra como outros mundos

semelhantes, encarnam espíritos recém saídos da barbárie, dando os primeiros passos na sua história evolutiva e esses

espíritos trazem consigo um grupo de sensações ou pulsões que precisam ser para que não se voltem contra a sociedade em que encarnaram. 

Não foi à toa que Freud defendeu a tese de que a cultura nasce da repressão.

Em verdade estamos encarnados para reprimirmos as más tendências e adquirir elementos espirituais positivos, como o amor, o

respeito ao próximo e as diferenças, em uma palavra desenvolver as faculdades positivas do espírito.

A festa é o momento em que o espírito põe para fora, não necessariamente, o que ele tem de pior, mas as suas sensações mais

profundas. Como somos espíritos imperfeitos, as nossas festas quase sempre se explicitam

em emoções do tipo primário. Nos tempos da Grécia antiga, as Bacanais, que eram festas dedicadas ao deus Baco ou Dionísio,

tornaram-se tão perigosas para o equilíbrio da cidade que teve de ser transformada em teatro como uma forma de domesticação

do conteúdo nocivo da alma. A festa do deus Líber em Roma; A festa dos Asnos que acontecia na Igreja de Ruan no dia de Natal

e na cidade de Beauvais do dia 14 de Janeiro entre outras inúmeras festas populares em todo o mundo e em todos os tempos,

tem a mesma função.

O carnaval é uma dessas festas que costuma ser chamada de Folia, que vem do francês folle, que significa loucura ou extravagân-

cia exagerada, sem que tenha existido perda da razão.

Então qual a posição do espírita diante o carnaval? Sabemos que esta época do ano a vibração do planeta e principalmente em

terras brasileiras, cai e abrem-se brechas para que espíritos de pouca luz estejam muito próximos de nós, mas não há motivo

para pânico e ninguém precisa sair correndo e se isolar do mundo.

Apenas precisamos tomar nossos cuidados e precauções e como todo bom espírita, temos nossas normas e regras de conduta e

caso fujamos delas, atrairemos para nós essas baixas vibrações. Sem querer ditar normas, apenas dando minha opinião, em 1º

lugar, deve-se compreender o carnaval; não ser muito severo, não ter medo dele acreditando que seja uma expressão diabólica

ou do mal, pois se ele existe é porque se faz necessário e por vontade de Deus, nada acontece sem que o Grande criador permita.

Não se deve fugir dele com medo de sua sedução. Não se deve fazer como em algumas religiões, que cria blocos ou escolas de

samba cristãs... Isso não é retiro espiritual. Pode ser um observador comedido, ir ao sambódromo ou as ruas para ver os foliões,

pode sim, pular brincar, rir e se divertir, sem excessos e evitando lugares muito aglomerados e um ambiente com muita bebida e

pessoas mal intencionadas com o sexo a flor da pele. Se não gosta da folia, aproveita o feriadão para descansar, meditar, estudar,

ou ainda viajar para um lugar agradável, sempre com a sua proteção.

Em resumo, seguir o conselho de Paulo Coelho: “Viver o mundo, sem ser do mundo”

Texto adaptado retirado do Jornal “Correio Espírita”

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